Foi confirmado o primeiro caso suspeito de coronavírus no Brasil, o que elevou o nível de atenção para alerta de perigo iminente para a presença do vírus no país. De acordo com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, uma estudante de 22 anos que esteve na China está internada, em Belo Horizonte, em observação.
- Nessa fase a gente tem um olhar com muito mais atenção para dentro do país, para identificar se o vírus está circulando em território nacional, e outro olhar muito presente em informações técnicas e científicas a respeito do comportamento do vírus - disse Mandetta.
SUSPEITA DE CORONAVÍRUS
A estudante brasileira esteve em viagem para a cidade de Wuhan no período de 29 de agosto de 2019 a 24 de janeiro deste ano. Ela está em observação e, de acordo com o ministro, o estado de saúde é estável. Caso a infecção por coronavírus seja confirmada, o nível de alerta no país sobe para emergência de saúde pública nacional, quando há a possibilidade de o vírus já estar em circulação no país.
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A jovem está em isolamento, e os 14 contatos mais próximos dela também estão sendo acompanhados.
INVESTIGAÇÃO
De acordo com dados apresentados na coletiva do Comitê de Operações de Emergência do Ministério da Saúde, no período de 3 a 27 de janeiro foram analisados 7.063 rumores de pessoas com coronavírus, dos quais 127 exigiram a verificação mais detalhada. Dessa verificação, 10 casos se enquadraram inicialmente na definição de suspeitos. Desses, nove foram descartados, e o único caso tratado como suspeito é o da paciente internada em Belo Horizonte.
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O ministro informou ainda que, após a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter aumentado para alto o nível de alerta em relação ao cenário global do novo coronavírus, o governo vai passar a tratar como casos suspeitos os das pessoas que estiveram em toda a China, não apenas na província de Wuhan, nos últimos 14 dias e que apresentarem sintomas respiratórios suspeitos.
O ministro explicou que após a OMS elevar de moderado para elevado o risco de contaminação pelo vírus, brasileiros só devem viajar para a China em caso de necessidade.
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Mandetta conta que não há orientações específicas para o período de Carnaval.
- Não temos nenhuma recomendação específica de comportamento, a não ser aquelas clássicas que usamos sempre: lavar as mãos, evitar compartilhamento de objetos, copos talheres para que se possa ter um risco menor, mas nada especifico para o Carnaval - explicou o ministro.
AEROPORTOS
Desde o fim de semana, os aeroportos brasileiros divulgam alerta da Anvisa sobre o coronavírus. A mensagem reforça procedimentos de higiene e diz que os passageiros que apresentarem sintomas relacionados ao vírus devem procurar um agente de saúde. Segundo o ministro, o governo também trabalha com a elaboração de material impresso em diferentes idiomas para orientar as pessoas que chegam no país sobre o que fazer para evitar contrair o vírus.
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De acordo com a OMS, até segunda-feira, foram confirmados 2.798 casos do novo coronavírus, batizado 2019-nCoV, em todo o mundo. A maior parte na China, incluindo a região administrativa de Hong Kong, Macau e Taipei.
Fora do território Chinês foram confirmados 37 casos. Destes, 36 apresentaram histórico de viagem à China, dos quais 34, estiveram na cidade de Wuhan ou algum vínculo com um caso já confirmado. Desse total, os Estados Unidos e a Tailândia registraram cinco casos cada e quatro casos foram registrados no Japão, Cingapura, Austrália, Malásia e a Coreia do Sul. A França registrou três casos, o Vietnam dois, e o Canadá e Nepal um caso cada.